Esquistossomose
O que é?
A esquistossomose é uma doença que, no Brasil, é causada pelo Schistosoma mansoni e transmitida através da água por moluscos do gênero Biomphalaria. Essa espécie ocorre na África, nas Antilhas e na América do Sul. O parasita, ao atingir a fase adulta de seu ciclo biológico no sistema vascular do homem, alcança as veias mesentéricas.
Sintomas
Sintomas pulmonares da esquistossomose podem ser dispneia e tosse seca. A progressão para hipertensão pulmonar ocorre em alguns casos.
Diagnostico
O diagnóstico pode ser feito por métodos diretos ou indiretos. O exame de fezes pelo método de Kato-Katz tem bons resultados na pesquisa de ovos do parasita. Porém, quando a carga parasitária é pequena, há a necessidade de se repetir o exame.
Prevenção
O saneamento básico, a educação sanitária e o tratamento dos doentes são os fatores de melhor eficácia no controle da doença. Estudos para o desenvolvimento de vacinas têm sido realizados no Instituto Oswaldo Cruz.
Tratamento
O tratamento específico pode ser efetuado com os antimoniais oxaminiquineou praziquantel. No entanto, tem sido constatada resistência ao tratamento com oxaminiquine. Nenhum dado existe em relação ao efeito da droga em doença pulmonar. No entanto, há muitas razões a favor do tratamento. Primeiro, os efeitos colaterais da droga são leves, e o tratamento mata o verme adulto, eliminando a ovoposição e, portanto, a progressão da doença. A nossa opção pelo tratamento foi buscando justamente interromper a progressão da doença, uma vez que o paciente não apresentava comprometimento de outros órgãos.
Paracoccidioidomicose
O que é?
A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis.
Sintomas
A porta de entrada do fungo é a via inalatória e, na maioria dos casos, em indivíduos jovens. Propágulos infectantes (microconídios) chegam à via aérea inferior, onde há formação de um complexo primário, com possível disseminação do fungo por via linfática e hematogênica para outros órgãos, na dependência da quantidade de inóculos, da patogenicidade e da virulência do fungo, assim como da integridade do sistema de defesa e de possíveis fatores genéticos.
Diagnostico
Tosse, dispneia e perda de peso associada a lesões cutâneas e das mucosas são evidentes e constituem as queixas principais da doença. A radiografia simples de tórax apresenta infiltrado reticulonodular difuso mais evidente nos lobos superiores. O diagnóstico etiológico se baseia na achado de P. brasiliensis no exame microscópico direto de espécimes clínicos, tais como aspirado de gânglios ou material de LBA, complementado pelo crescimento do fungo em cultura. O exame histopatológico de amostra de tecidos evidencia a parede espessa e birrefringente do fungo, assim como o aspecto típico de multibrotamento na célula-mãe.
Tratamento
Devem-se adotar medidas de suporte perante complicações clínicas.
O itraconazol é a melhor opção nas formas leves/moderadas.
A associação sulfametoxazol e trimetoprima é a alternativa mais utilizada no tratamento ambulatorial da paracoccidioidomicose.
Deve-se restringir fumo e álcool.
Deve-se realizar tratamento das parasitoses intestinais, muito frequentes nesses doentes, notadamente a estrongiloidíase.
O tratamento é de longa duração.
Os pacientes devem ser acompanhados até atingir os critérios de cura.
Linfogranuloma Venéreo
o que é?
É doença infecto-contagiosa, de caráter inflamatório e invasivo, do trato urogenital causada pela infecção por Chlamydia trachomatis. Atualmente em várias partes do mundo, o linfogranuloma venéreo (LGV) tornou-se causa importante de doença anogenital entre homens que fazem sexo com outros homens
Sintomas
São identificados, no curso clínico do LGV, três estádios da doença: primário (fases iniciais e lesões precoces), secundário (acometimento dos linfonodos regionais, denominado síndrome inguinal) e terciário (formas tardias ou sequelas da doença, ou síndrome anogenital) Entre duas e seis semanas após a lesão primária surgem adenomegalias femorais ou inguinais, geralmente unilaterais, dolorosas, com flutuação e que podem ter ruptura espontânea, com ou sem formação de fístulas.
Diagnostico
Atualmente o diagnóstico depende da sorologia ou da identificação da Chlamydia trachomatis em amostras clínicas apropriadas. Quando possível, o exame histopatológico de amostras de tecido retiradas por biópsia pode colaborar com o diagnóstico. O teste sorológico da fixação do complemento (FC) é gêneroespecífico e, assim, não distingue entre as espécies de clamídia, tais como Chlamydia trachomatis, Chlamydia psittaci e ao patógeno respiratório comum Chlamydia pneumoniae.
Tratamento
Tetraciclina 250mg via oral a cada seis horas ou doxiciclina 100mg via oral duas vezes ao dia, ambas durante 21 dias (primeira escolha); eritromicina 500mg via oral quatro vezes ao dia durante 21 dias (primeira escolha para grávidas e mulheres em aleitamento). Outras drogas podem ser utilizadas, o cloranfenicol, a rifampicina e o tianfenicol, por exemplo.
Helicobacter pylori
O que é?
Helicobacter pylori é um tipo de gastrite causada pela bactéria Helicobacter pylori, responsável pela ocorrência da maioria das úlceras e da gastrite crônica – quando ocorre a inflamação do estômago.
Sintomas
A maioria das pessoas infectadas por Helicobacter pylori nunca manifestará quaisquer sinais ou sintomas de gastrite, enquanto que outras pessoas terão complicações graves. Essa diferença na expressão da doença envolve o tipo de cepa de H. pylori e fatores relacionados ao paciente, como variações genéticas, hábitos alimentares, estresse emocional e uso de medicamentos.
Os sinais e sintomas da infecção por H. pylori podem incluir:
Dor ou queimação no abdômen
Náuseas
Perda de apetite
Arrotos frequentes
InchaçoPerda de peso não intencional.
Diagnóstico
Exames simples de sangue, de respiração e de fezes podem determinar se alguém foi infectado com Helicobacter pylori.
A maneira mais precisa de diagnosticar esse tipo de gastrite é por meio da endoscopia digestiva alta do esôfago, estômago e duodeno. Por ser muito invasivo, este procedimento é geralmente recomendado somente para pessoas com maior possibilidade de ter úlcera e outras complicações causadas pela bactéria, como câncer de estômago.
Tratamento
O tratamento de gastrite por Helicobacter pylori é feito, geralmente, com dois antibióticos usados em conjunto.
O tratamento dura, em média, de sete a 14 dias, e o médico ainda deverá receitar outros medicamentos para suprimir a produção de ácido pelo estômago e, assim, promover a cura das feridas causadas pela bactéria.
Zika Vírus
O que é?
Zika Vírus (ZKV) é um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti (mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya) e o Aedes albopictus.
Sintomas
Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas de dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A maior parte dos indivíduos, cerca de 80 %, após se infectar com ZKV não desenvolverá qualquer sintoma da doença. Os sintomas de Zika Vírus, quando presentes, são:
- Febre baixa (entre 37,8° e 38,5°C)
- Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
- Dor muscular (mialgia)
- Dor de cabeça e atrás dos olhos
- Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés
Diagnóstico
O diagnóstico da infecção pelo Zika vírus pode ser feito apenas através dos sinais e sintomas em regiões onde sabidamente há circulação da doença e/ou por exames laboratoriais específicos.
Os exames laboratoriais atualmente estão mais disponíveis, e são basicamente de 3 tipos:
- Isolamento viral: técnica complexa, normalmente restrita a laboratórios de pesquisa
- RT-PCR: detecção do material genético do vírus, usualmente realizada nos primeiros dias de doença
- Sorologia: com vários métodos disponíveis, podendo ser realizada mesmo depois do RT-PCR ter se tornado negativo. A sorologia pode apresentar reações cruzadas, ou seja, resultados falsos positivos em pessoas com dengue e pessoas vacinadas para febre amarela.
Tratamento
O tratamento para o Zika vírus é sintomático. Isso que dizer quer não há tratamento específico para a doença, só para alívio dos sintomas. Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes devem ser mantidos protegidos das picadas dos mosquitos transmissores, evitando assim que os insetos se contaminem e possam transmitir a doença para outras pessoas. Para isso, recomenda-se o uso de mosquiteiros, repelentes e demais medidas preventivas durante a fase de viremia - período em que há circulação do vírus na corrente sanguínea - que costuma durar cerca de 6 dias a partir do início dos sintomas.
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